Discussões sobre a Agenda também são pauta mesmo durante segundo encontro da agência
Alice Andrade, Agência SOI News
Viena-Em plena segunda parte da reunião da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), a agenda com o cronograma ainda é pauta entre os delegados. Enquanto as discussões se iniciam com discordâncias entre Ucrânia e Estados Unidos, o delegado chinês, Felipe Afonso, cobra um cumprimento mais rígido dos tópicos combinados anteriormente. “Criamos uma Agenda para ser seguida. Caso contrário, de que adiantou a sua elaboração?”, cobra, exigente, o representante da China, após a sugestão do delegado do Paquistão de ignorar dois dos pontos já discutidos.
Já a delegação ucraniana alegou que o debate sobre a questão dos armamentos nucleares é essencial dentro do tópico A da agenda, o qual trata da segurança nas instalações nucleares. Segundo ele, a representante americana ignorou essa temática propositalmente. A delegada dos EUA, por sua vez, se defende: “Acho que o senhor não entendeu. Queremos o debate sim, mas este não é o momento. O tema proposto pelo senhor se enquadra no tópico B”.
Destacou-se ainda, entre a fala dos delegados, o papel da mídia no contexto de aceitação da energia nuclear. Lázaro Nascimento, delegado do Canadá, acusou os meios de comunicação de não cumprirem sua função no momento de expor os pontos positivos da utilização desse tipo de energia, comprometendo – de maneira negativa – a opinião pública. O delegado do Japão concorda e acrescenta que a divulgação da mídia pode ser construtiva, mas não é suficiente.
Para a próxima reunião, o diretor Altair Soares espera que os debates sejam os mais frutíferos possíveis e que a comunidade internacional possa chegar a um consenso sobre a segurança nuclear mundial. “Afinal, a energia nuclear é indispensável para a preservação do meio ambiente”, declara ele.
