Decisões da Corte IDH serão anunciadas somente na noite de hoje

Nessa semana, foram apreciados os casos da Guerrilha do Araguaia, no Brasil, e Karen Atala, no Chile.
 
Por Lara Paiva (SOI News)
 
São José, Costa Rica- Os juízes da Corte Interamericana de Direitos Humanos (Corte IDH) anunciaram que a decisão do caso Karen Atala e da Guerrilha do Araguaia só serão anunciadas na noite de hoje (13).  Os julgamentos foram realizados durante toda essa semana na sede da Corte IDH, que fica na cidade de São José, em Costa Rica. As circunstâncias foram levadas em julgamento a pedido da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH).
 
O primeiro caso a ser julgado nessa semana foi da Guerrilha do Araguaia, criada por manifestantes contrários à Ditadura Militar (1964-1985) e filiados ao Partido Comunista do Brasil (PC do B). O grupo político foi descoberto pelo Exército em 1972. A partir de três operações, eles reprimiram a guerrilha e até hoje só foi encontrado um corpo dos envolvidos. Acusações apontam que o Exército escondeu e incinerou os restos mortais dos membros da Guerrilha do Araguaia. A CIDH e os familiares dos manifestantes acusam o Governo brasileiro de desinteresse em falar o que aconteceu com os desaparecidos políticos e pedem a revisão da Lei da Anistia.
 
Sobre o segundo caso, a Corte IDH vai julgar se a Justiça chilena agiu de forma parcial ao conceder a tutela das três filhas da juíza Karen Atala para o ex-marido, Ricardo Jaime López. Karen se separou de Jaime em 2002 e, após isso, começou a ter um relacionamento amoroso com Emma de Ramón, que culminou no surgimento da briga pela custódia das meninas. Os representantes da família acusam a Corte Suprema do Chile de homofobia e afirmam que a juíza tinha condições de criar a crianças, visto que ela não realizou negligência ou abuso. A lei do país diz que a guarda só será dada ao pai caso a mãe tenha cometido os dois motivos citados.
 
Por outro lado, os representantes do Chile afirmam que Karen Atala está manipulando os fatos e que usou a sua influência como juíza para o seu próprio benefício. Além disso, eles negam que a Justiça agiu de forma parcial.


 
Delegados da Corte IDH discutem o caso Karen Atala e a Guerrilha do Araguai.

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